Evento
TERÇA 13 NOVEMBRO - 21H30
João Barradas, acordeão, acordeão synth, composição
Greg Osby, saxofone alto
Luca Alemanno, contrabaixo
Naíma Acuña, bateria
10,00 eur / 7,50 eur c/d
Com apenas vinte e seis anos de idade, João Barradas (n. 1992, Portugal) é atualmente um dos nomes mais destacados do jazz nacional e um dos músicos portugueses com maior visibilidade no circuito jazzístico internacional. Acordeonista multipremiado, vencedor inclusivamente do primeiro prémio na categoria de solo instrumental da Made in New York Jazz Competition, Barradas tem desenvolvido um trajeto profissional sólido, tanto no jazz como na música clássica, como colaborador de algumas das mais relevantes figuras da música em Portugal (casos de João Paulo Esteves da Silva, Sérgio Carolino ou Pedro Carneiro, entre outros) e de diversos músicos de renome a nível mundial, tais como Gil Goldstein, Tito Paris e Greg Osby, que será o convidado especial na atuação do acordeonista nesta edição do Guimarães Jazz.
Músico formado no Conservatório Nacional, onde obteve a nota máxima de 20 valores, e na Escola Superior de Música de Lisboa, João Barradas iniciou a sua carreira discográfica aos dezanove anos com a edição do álbum Surrealistic Discussion, em parceria com o tubista Sérgio Carolino. Desde aí, tem mantido uma intensa atividade criativa e formativa que o catapultou para um patamar de notoriedade no universo da música contemporânea que é raramente alcançado por músicos provenientes de Portugal, dado o contexto semiperiférico do país. O facto de tocar um instrumento pouco usual, tanto no jazz como na música clássica, terá certamente contribuído para a visibilidade do trabalho de João Barradas, mas este facto não deverá fazer-nos negligenciar a sua obsessiva dedicação ao estudo do acordeão. O virtuosismo técnico e a capacidade expressiva de Barradas são, portanto, a consequência de um trabalho musical sério e rigoroso que permitiram ao acordeonista destacar-se enquanto intérprete do repertório clássico e enquanto improvisador e compositor nos territórios mais aproximados ao jazz.
Na sua atuação no Guimarães Jazz, João Barradas apresentar-se-á em quarteto, acompanhado de um grupo de instrumentistas do qual se destaca, naturalmente, a presença de Greg Osby (n. 1960, EUA), um saxofonista associado às linguagens do free jazz e do free funk e antigo membro do movimento M-Base de Steve Coleman, que colaborou ao longo da sua carreira com grandes nomes da música como Cassandra Wilson, Jack DeJohnette, Wadada Leo Smith ou a banda de folk psicadélico Grateful Dead. Além dos já mencionados Greg Osby e João Barradas, desta formação fazem também parte dois jovens músicos que começam agora a destacar-se no meio jazzístico internacional: o contrabaixista italiano Luca Alemanno e a baterista espanhola Naíma Acuña. Estamos, assim, perante um projeto que, baseando-se nas composições de João Barradas e associando alguns dos mais promissores instrumentistas europeus da nova geração a um músico de reputação consolidada, como é o caso de Osby, promete revelar ao público uma música detentora de uma sonoridade própria, desde logo pela centralidade do som do acordeão, mas que, no entanto, pretende distanciar-se de qualquer tentação de mero exotismo ou excentricidade musical, antes escolhendo enquadrar-se numa tradição musical, tanto da música erudita como do jazz, por forma a tentar criar novas soluções criativas.