Evento
QUINTA 16 NOVEMBRO, 21H30
Projeto Orquestra de Guimarães / Guimarães Jazz com Mário Costa
Mário Costa composição, bateria e eletrónicas
Cuong VU trompete
Jozef Dumoulin piano e eletrónicas
Bruno Chevillon contrabaixo
Carlos Azevedo arranjos e direção
Orquestra de Guimarães
Nuno Meira, Cátia Sá, Rafaela Silva violino I
Filipa Abreu, Joaquim Matos, Mara Silva violino II
Cristóvão Andrade, Carla Marques viola
Carina Albuquerque, António Ferreira violoncelo
Filipa Lima flauta
Luís Alves oboé
Paulo Martins clarinete
Ana Bastos fagote
Bruno Rafael trompa
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Fotografia Pedro Ferreira
Ao fim de sete edições do projeto conjunto entre o festival e a Orquestra de Guimarães, todas elas cumpridas com assinalável sucesso artístico e impacto positivo no público, esta parceria assume hoje uma importância estrutural no programa do Guimarães Jazz e, da nossa parte, é extremamente satisfatório saber que demos o nosso contributo para o crescimento da jovem formação vimaranense ao proporcionar-lhe renovadas experiências de trabalho criativo com figuras importantes do jazz nacional e internacional. Em 2023, a Orquestra de Guimarães acompanhará o quarteto de Mário Costa, um baterista e compositor que tem protagonizado um percurso musical consistente e de invulgar projeção quando falamos de músicos portugueses no circuito jazzístico europeu, e que neste concerto será acompanhado por três notáveis instrumentistas: o contrabaixista Bruno Chevillon, o trompetista Cuong Vu e o teclista Jozef Dumoulin. A direção e os arranjos serão da responsabilidade de Carlos Azevedo, um músico com créditos firmados no panorama do jazz e da música erudita portuguesa.
Mário Costa nasceu em 1986 em Viana do Castelo e do seu currículo formativo consta a licenciatura em jazz pela ESMAE, complementada por aulas particulares e a frequência de masterclasses nos EUA com vários músicos influentes deste género musical. Na última década o trabalho multifacetado deste baterista, tanto no circuito estrito do jazz, materializado tanto em colaborações com nomes de relevo portugueses e norte-americanos tais como o Hugo Carvalhais, Tim Berne, Chris Corsano, ou Wynton Marsalis, como ao lado de figuras da música pop como a fadista Ana Moura, permitiu-lhe construir uma reputação meritória na paisagem da música global. Do seu trabalho mais recente é importante destacar o grupo sFumato, em que o baterista surge ao lado de Émile Parisien Michel Portal e Joachim Künh, e o álbum “Oxy Patina”, editado pela CleanFeed e que representou a estreia de Mário Costa em nome próprio e como compositor, um projeto no âmbito do qual colaborou com instrumentistas epicentrais do jazz francês contemporâneo, nomeadamente o pianista Benoît Delbecq e o guitarrista Marc Ducret
Um músico idiossincrático, sempre posicionado nas orlas tangenciais da criação contemporânea, Bruno Chevillon é hoje unanimemente considerado uma das figuras mais relevantes no movimento jazzístico europeu de tendência avant-garde. O trajeto de Chevillon, um antigo aluno de artes, foi decisivamente marcado pela sua relação de intensa atividade criativa com Louis Sclavis e com Michel Portal, dois nomes incontornáveis do jazz francês, e tem-se desdobrado ao longo do tempo por colaborações profícuas com inúmeros criadores que com ele partilham a sua afinidade pela experimentação e cruzamento de fronteiras estéticas, materializadas em quase cinquenta registos discográficos.
O trompetista norte-americano de ascendência vietnamita Cuong Vu é um músico prestigiado do circuito musical contemporâneo com um historial de largo espectro de colaborações com artistas oriundos de diferentes territórios musicais, entre os quais podemos destacar Pat Metheny, Laurie Anderson ou David Bowie. Sedeado em Nova Iorque, Vu lançou até à data oito álbuns em nome próprio ou como líder de formação.
Natural da Bélgica e atualmente a viver em Paris, Jozef Dumoulin é um teclista reconhecido pelo seu virtuosismo técnico e abordagem pessoal ao piano e ao Fender Rhodes, consumada num percurso criativo que se expande por diversas estéticas musicais. Além do seu trabalho composicional a solo, os seus projetos autorais no campo do jazz incluem o trio The Red Hill Orchestra (ao lado de Ellery Eskelin e Dan Weiss) e o duo que mantém com Benoît Delbecq, e do seu currículo profissional constam também colaborações com grandes músicos do jazz tais como, entre outros, Mark Turner, Michael Brecker ou Dave Liebman.
Natural de Vila Real, Carlos Azevedo é um arranjador, compositor e maestro com estudos musicais no Conservatório de Música do Porto, na Escola Superior de Música do Porto, onde é atualmente professor, e na Universidade de Sheffield (Inglaterra). Da sua vasta obra distinguem-se encomendas para a Orquestra Nacional do Porto e para Orquestra Sinfónica, entre outras instituições de prestígio da música clássica portuguesa. No panorama jazzístico tem desenvolvido uma intensa atividade como pianista e compositor, destacando-se enumeras obras e gravações para a Orquestra de Jazz de Matosinhos e colaborações com a European Youth Jazz Orchestra e a Brussels Jazz Orchestra.